terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Acusado de pagar propina, dono de empresa nega conhecer cunhado de Alckmin

Acusados de participação no suposto esquema de pagamento de propina envolvendo o cunhado do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), os responsáveis pela Verdurama negam conhecer Paulo César Ribeiro e atacam a atuação do Ministério Público no caso.
O dono da empresa, Vilson do Nascimento, e o gestor, Henrique Margherito, respondem, em entrevista à Folha, as acusações feitas pelo ex-sócio da Verdurama Genivaldo dos Santos.
Genivaldo disse à Promotoria que a empresa pagou propina, fraudou licitações e doou ilegalmente para campanhas eleitorais para obter contratos de fornecimento de merenda a prefeituras.


Folha - Quem é hoje a Verdurama?
Vilson do Nascimento - A Verdurama é uma empresa que atua exclusivamente no ramo de merenda escolar. É uma empresa que tenta sobreviver no mercado. Passa por algumas dificuldades, inclusive uma recuperação judicial. Uma empresa absolutamente normal. Tínhamos 495 empregados, agora são menos 95 em Pindamonhangaba.
O que aconteceu em Pindamonhangaba?
Vilson - Perdemos o contrato. Porque haveria uma licitação agora no começo do ano e, por questões políticas, não vai acontecer.
Quais questões políticas?
Vilson - Não é minha especialidade, já que sou advogado e proprietário de uma empresa de merenda, então não tenho autoridade para falar de política. Mas pelo que a gente tá acompanhando é uma questão política que envolveu o município, na qual não quero me aprofundar, que impediu que houvesse uma licitação lá.
Essa demissão ocorreu quando?
Tá ocorrendo agora. Estamos em tratativas para indenizar o pessoal e encerrar a filial.
O contrato já foi encerrado?
Vilson - Já. Em 30 de dezembro de 2010. Foi levado até o final.
Henrique Margherito - Houve uma interrupção de dois meses, que é o equivalente a umas 30 mil refeições. Foi cumprido até quase o final.



O encerramento do contrato tem relação com as denúncias de fraude em merendas que ocorreram no fim do ano passado?
Vilson - Não tenho como afirmar isso.
O sr. suspeita disso?
Vilson - Possivelmente.
Qual o faturamento da Verdurama hoje?
Margherito - Da ordem de R$ 26 milhões a 30 milhões de reais por ano.
Já chegou a quanto?
Margherito - Já chegou a R$ 90 e poucos milhões. Lá atrás. Em 2007, 2008.
Vocês mantêm contratos com quantas prefeituras?
Margherito - Quatro, fora Pindamonhangaba.
Quais são?
Margherito - João Neiva (ES), Volta Redonda (RJ), Porto Ferreira SP) e prestação de serviço em Recife (PE).
Que prestação de serviços?
Vilson - Só fornecemos a mão de obra, não a merenda.
A Verdurama tem ou teve algum contrato com o governo do Estado?
Vilson - Não.
A SP Alimentação tem ou teve algum contrato com o governo do Estado?
Vilson - Nós não somos SP Alimentação, não temos nada a ver.
Mas o sr. trabalhou na SP Alimentação.
Vilson - Me formei advogado em 94. Trabalhei para algumas empresas na Ceagesp e foi lá que eu tive contato com a SP Alimentação e outras empresas de fornecimento de gêneros, merenda, etc. Em 2004 eu encerrei meu contrato e, como forma de indenização, fez parte a Verdurama. Na época o sócio majoritário da SP [Eloizo Gomes] havia comprado essa empresa e transformado. A SP fornecia para órgãos públicos e a Verdurama era destinada a hotéis, restaurantes, mercado privado. Só que ele resolveu parar. Tava praticamente encerrando a empresa. Ele me propôs: "você não quer assumi-la?". E foi aí que eu entrei.
A Verdurama era uma empresa do grupo SP Alimentação?
Vilson - Não sei dizer se existia um grupo. Na época era só a SP e a Verdurama. Que eu conhecia com a mesma sociedade eram só essas, a SP e a Verdurama. E tava sendo encerrada. E assumi com uma outra pessoa que era do mercado, o Genivaldo [Marques dos Santos], e tocamos a empresa.
O mercado a que o sr. se refere...
Vilson - De gêneros. Tanto pra órgãos públicos quanto pra empresas privadas. Chegamos a fornecer para empresas privadas.
Como o sr. conheceu o Genivaldo?
Vilson - Na época ele trabalhava também no ramo. Como eu te disse, sou advogado, não sei tocar uma empresa. Procurei um parceiro para essa empreitada. E assumi a Verdurama. Ele era do ramo, conhecia o ramo de fornecimento de alimentos.
Mas ele tinha uma empresa? Trabalhava na SP?
Vilson - Ele trabalhava no mercado. Fazia assessoria em área técnica, área contábil. Acho que a formação dele é contador. Aliás, é na área financeira que ele dava consultoria.
Mas como o sr. topou com ele? Ele era de alguma empresa?
Vilson - Como eu te disse, ele era do mercado, trabalhava pra várias empresas. E ele veio comigo.
Eram vocês dois os sócios?
Vilson - Exatamente. A partir dessa cessão que o sócio da SP fez pra mim, passamos a ser eu e ele [Genivaldo]. Quando ele saiu, fiquei sozinho por seis meses, e depois coloquei uma sócio que só figura. Na verdade eu sou o sócio majoritário.
Por que a Verdurama está em processo de recuperação judicial?
Vilson - É uma soma de fatores. Dois fatores principais. O primeiro, a crise mundial. Afetou vários setores, o nosso não tinha como ficar de fora. As prefeituras começaram a atrasar, o próprio mercado ficou difícil. E o outro motivo, e eu até contratei uma empresa que tá fazendo uma auditoria, é que nós sofremos um desfalque do meu ex-sócio [Genivaldo]. Isso foi um fator que pesou bastante.
Defina, por favor, "um desfalque do meu ex-sócio"
Vilson - Começamos a perceber que algumas prefeituras que supostamente estavam em atraso com a Verdurama diziam que já haviam pagado a obrigação. Eu não tenho esse trabalho concluído ainda. Ele tá em trabalho final. Existem fortes indícios de que o Genivaldo recebia, porque era sócio, tinha plena legitimidade pra receber. O patrimônio dele hoje é absolutamente fantástico. O mercado sabe que ele desfila em carros luxuosos, tem mansões. Pra uma pessoa que tinha uma retirada de R$ 8 mil é incompatível o patrimônio.
R$ 8 mil mês?
Vilson - Por volta disso.
O sr. estima o valor do desfalque que ele possa ter dado?
O trabalho não foi finalizado pela empresa que faz a investigação. Nessa época de faturamento alto a gente trabalhava com muitas prefeituras, então esses indícios existem em várias prefeituras.
Mas esse valor estaria na casa de milhares, milhões?
Vilson - Seria leviano afirmar isso. Pode ser que a auditoria não encontre desfalque nenhum.
Quem é a empresa que faz a auditoria?
Vilson - Prefiro não declinar o nome. Não sou autorizado por eles.
Existe alguma relação entre o processo de recuperação judicial e as denúncias envolvendo a suposta máfia da merenda que estouraram em 2008?
Margherito - Primeiro que esse termo "máfia da merenda", pra nós, não existe. É uma criação não sei de quem, mas provavelmente das pessoas que têm interesse no uso político desse termo. O que nós tivemos? Uma forte inadimplência no período de 2008, uma falta de recurso na caixa significativo que já foi mencionada e uma crise mundial se instalando. Se você tem um cliente que não estava te pagando e vê denúncias contra a empresa no jornal, esse movimento pode ser uma ferramenta pro cara ficar usando motivos. Uma empresa que tá enfrentando uma crise mundial, um problema de imagem, que não consegue comprovar sua qualidade... Desde o início a Verdurama preza por qualidade independente a custo. E essa qualidade está comprovada não é por blabláblá. Isso aí está disponível nas escolas. Entrevistem os alunos, os diretores da escola.
Mas há denúncias no Ministério Público de que houve uma queda na qualidade da merenda, inclusive mudança de arroz tipo um pra arroz tipo três.
Margherito - [pede pra chamar a nutricionista responsável pela qualidade] Nós tivemos uma crise grande. Junto com ela tivemos problemas de abastecimento. Durante dois, três dias, nós tivemos, como foi dito, que trocar carne por ovo. O objetivo não era simplesmente atender uma condição de mercado. Era "como eu posso ajustar esse cardápio na minha condição e mantendo todas as condições nutricionais daquilo que eu me comprometi?". Ao passar de alguns dias houve uma discussão com a prefeitura, que não aceitou essa condição e nos multou. Nesse meio tempo conseguimos nos posicionar junto a algumas prefeituras que tinham uma inadimplência significativa, conseguimos ajustar o caixa da empresa, e, a partir daí, a vida transcorreu normalmente. Esse negócio de arroz tipo três nunca foi usado. Até porque as diferenças não são significativas. Mas só usamos o tipo um.
Porque o Genivaldo fez as acusações contra a empresa?
Margherito - Esse rapaz é uma pessoa ressentida. Denúncia sem fundamento é a coisa mais simples de se fazer. Esse rapaz não tem condições de discutir se a qualidade nutricional foi abalada ou não. Não tem competência profissional pra isso. Ele está nos criando esse problema todo e alimentando o Ministério Público numa condição extremamente covarde, que é a proteção de uma delação premiada. Tudo isso que ele está delatando a gente não reconhece ter existido, e eu vou te provar isso com documentos. Os documentos que ele diz que tem eu gostaria que fossem apresentados. E eu gostaria que o Ministério Público concluísse esse processo pra que a gente acabasse esse dia-a-dia de tortura.
A Verdurama foi citada em denúncias de pagamentos de propina, doações ilegais pra campanha, contratos irregulares, licitações dirigidas e outras irregularidades. Ele praticou algum desses atos?
Vilson - Te respondo isso com uma pergunta. Uma empresa que vive uma situação difícil como a Verdurama vive há tempos, tem condição de pagar, dar dinheiro pra alguém?
Mas isso ocorre hoje. Vocês mesmos disseram que ela tinha um faturamento maior no passado.
Vilson - Tinha faturamento, mas tinha despesa. Essa história de propina a gente desconhece completamente. Isso é coisa da cabeça do Genivaldo.
Margherito - Num contrato irregular, via de regra, a prefeitura é que tem que tomar providências. Nós não participamos da confecção da licitação.
Há essa denúncia no MP, inclusive.
Margherito - Por que não se prova isso? Qual prova esses caras conseguem fazer contra a gente? Qual é o documento que prova isso? Como eu consigo direcionar uma concorrência se isso é público e isso atinge o Brasil inteiro? Não entro sozinho numa concorrência. Entram 20, 30 empresas.
É possível combinar isso com um prefeito e dizer "eu posso fazer esse edital e só a gente pode entrar porque só eu atendo a esses condições".
Margherito - Disseram que o edital de Pindamonhangaba é semelhante ao edital de Ubatuba porque nós estivemos em Ubatuba. Esses contratos são absorvidos da internet. Se uma prefeitura vai fazer um contrato ou um edital de licitação em algum outro município ou Estado sem algo que atenda, que responsabilidade eu tenho nisso?
Sr. Vilson, o sr. foi denunciado no Rio Grande do Sul por fraude em licitação, corrupção ativa e formação de quadrilha, num caso envolvendo fornecimento de merenda na prefeitura de Canoas. Como o sr. se defende?
Vilson - Existe um advogado que está cuidando do assunto. Eu nem sequer conheço essa cidade. Nunca pisei lá. Nunca participei de nada.
A Verdurama fornecia merenda para a prefeitura de Canoas.
Vilson - Forneceu durante um período curto, um contrato emergencial. Estou isento dessas denúncias. Continua sendo denúncia do Genivaldo.
O Sr. conhece Paulo César Ribeiro?
Vilson - Meu Deus! Fiquei sabendo agora que esse cidadão existia pelas reportagens.
O sr. não o conhece?
Vilson - Não.
Tem notícia de que ele operava algum esquema para a Verdurama em Pindamonhangaba?
Vilson - Eu repito o que eu lhe disse. Eu conheço essa pessoa pelas reportagens. Não tenho informação nenhuma além dessa.
Margherito - Não existe esquema em Pindamonhangaba.
Por que Paulo Ribeiro está sendo envolvido nessas denúncias?
Vilson - Não faço a menor ideia. Não o conheço.
Por que o Genivaldo denunciou o sr.?
Vilson - Tem que perguntar para ele. Não faço a menor ideia. Acho que o Genivaldo é um psicopata.
Ele foi seu sócio até quando?
Vilson - Ele saiu do contrato social em 2008 e permaneceu na gestão. Continuou por mais de um ano me ajudando na gestão comercial e financeira. Até 2009 ele esteve na Verdurama. Primeiro tem uma situação que o Henrique já colocou, a delação premiada. Está sendo objeto do Ministério Público. Um pau mandado do Ministério Público, digamos assim. Segundo, por conta de talvez saber que existe uma auditoria e que os resultados disso possam não ser os melhores pra ele, ele pode estar tentando uma defesa prévia.
A Verdurama também foi acusada pelo ex-vice-prefeito de Pindamonhangaba João Bosco Nogueira, que é uma fonte diferente. Por que ele também está tentando prejudicá-lo?
Vilson - Também não o conheço. Por que o Genivaldo trabalhava comigo? Por que o Genivaldo conhecia esse área e eu ficava com a parte jurídica, administrativa, interna. Nunca visitei uma prefeitura.
O sr. conhece o Silvio Serrano, ex-secretário de finanças de Pindamonhangaba?
Vilson - Não conheço.
Conhece Olézio Magno?
Vilson - Conheço.
Quem é?
Vilson - Trabalha em uma concorrente nossa no mercado.
O Genivaldo disse que ele era o responsável pelos pagamentos lá em Pindamonhangaba. O sr. tem essa notícia?
Vilson - Não. Pela Verdurama jamais. Ele nunca trabalhou na Verdurama.
Em que empresa ele trabalha?
Vilson - Que eu saiba, na SP Alimentação. Nem sei se ele está lá ainda.
O sr. tem relações pessoais ou profissionais com a SP Alimentação?
Vilson - Eu sou amigo do Eloizo desde a época em que eu era gerente do Itaú, em 1989. Lá eu o conheci e a gente tem uma amizade relativa até hoje.
O Eloizo Gomes deu dinheiro pra campanha do João Ribeiro em Pindamonhangaba em 2004?
Vilson - Não tenho a menor condição de responder. Não sei. Nunca ouvi falar. Nossos assuntos não chegam a esse nível. Nós falamos de futebol, assuntos familiares.
O sr. pessoalmente doou dinheiro legal ou ilegalmente para campanhas?
Vilson - Nunca, jamais.
Outra das denúncias do Genivaldo dá conta de que, por causa da suspensão dos contratos da Verdurama com a prefeitura de São Paulo, em 2008, o Eloizo começou a tirar verbas da empresa para dar à SP Alimentação.
Vilson - O Eloizo não tem nenhuma ingerência na empresa.
Margherito - Esse rapaz continua dando alimentação para aquilo que o Ministério Público quer ouvir. O MP quer a qualquer preço ter a informação de que nós formamos um cartel. Que cartel? Nós não temos características de cartel. São empresas diferentes, com gestão diferente.
Mas há, por exemplo, a relação do Vilson com o Eloizo.
Margherito - Como é que se forma um mercado? Esse mercado é um mercado relativamente novo. Os mercados se formam dessa forma. Alguém começa alguma coisa, essa coisa ao longo de um tempo vai se consolidando, as pessoas vão saindo porque enxergam interesses, vão tendo iniciativas pessoas no desenvolvimento de negócios, criam novas empresas, mas a origem foi uma ou duas empresas.
Vilson - Eu senti que, para você, a amizade significa ligação. Senti que você fez essa colocação. Amizade não tem nada a ver. Eu posso ter amizade com uma velha de 90 anos. E por isso tenho uma ligação com essa mulher?
Por que o MP quer provar a qualquer custo que há uma operação de cartel?
Margherito - Aí você vai ter que pesquisar.
O sr. não tem nenhuma suposição?
Margherito - O Ministério Público tem lá os motivos dele. Recebeu determinadas instruções. Existem interesses muito fortes contra a terceirização da merenda.
De quem?
Margherito - De quem? Vou te dizer através de um adjetivo. São os "salsicheiros". Já que tem a máfia da merenda, tem a máfia das salsichas.
O que é a máfia das salsichas?
Margherito - Existe um problema que eu não consigo entender. Foi levantado no meio do ano passado pela Folha. Um determinado advogado, que havia sido contratado por 13 ou 14 empresas, de muito grande porte, e eram fornecedores diretos dos insumos pra merenda enquanto não havia terceirização. Havia oligopólio em alguns setores, e de repente entrou a terceirização. Por um conflito de interesses, um grupo de empresas contratou um advogado pra detonar, no mercado como um todo, a terceirização. Você vai ver que tem empresas muito grandes.
Quem são essas empresas?
Margherito - Eu não me lembro.
Quem está por trás delas?
Margherito - Tenho a impressão de que não existe ninguém por trás delas. Existe um interesse contra a terceirização. A terceirização é a simplificação do Estado. Ninguém está aqui para roubar ninguém. Ninguém está aqui para lesar o Estado. Existe a maledicência de grupos que se locupletavam de situações. Por que esse grupo agiu da forma como agiu?
A quem o sr. está acusando?
Margherito - Eu não estou acusando, estou fazendo menção a uma reportagem sua.
Minha, não.
Margherito - Do seu jornal. Foi muito claro. Esse advogado foi contratado para, em cada concorrência pública que houvesse para merenda ele entrar impugnando, procrastinar as decisões, empurrar essas decisões.
Vilson - Chegou a falsificar assinaturas da Verdurama. Existe inquérito sobre isso.
Existe algum interesse político por trás disso?
Margherito - Político, não sei. A gente não tem tempo pra isso. O nosso negócio é fazer merenda.
Toda empresa que trabalha com o setor público faz política.
Margherito - É uma afirmação sua. Defendo até a morte o direito de dizê-la. Mas não concordo.
Sr. Vilson, o Genivaldo disse ao MP desconfiar que as assinaturas do contrato da Verdurama com a prefeitura de Pindamonhangaba são do sr., e não dele, ainda que os contratos estejam em nome dele. O sr. assinou esses contratos?
Vilson - Com toda certeza, não.
Se fizerem um exame de grafologia vão descobrir que não é sua?
Vilson - Imagino que vão descobrir que foi ele. Ele tinha procuração pra assinar. Não tinha porque eu falsificar uma assinatura dele se ele tinha legitimidade pra assinar.
O sr. vê alguma motivação política nas denúncias contra o sr.?
Vilson - Não vejo.
Os Srs. são filiados a algum partido?
Vilson - Nenhum.
Têm proximidade com algum parlamentar ou prefeito?
Vilson - Nenhum.
Vocês tiveram algum encontro com o ex-secretário de Finanças de Pindamonhangaba Sílvio Serrano?
Margherito - Nós tínhamos acesso ao Sílvio Serrano em termos de cobrança. Nossa relação era puramente financeira, em termos de cobrança pra que se mantivesse a data de pagamento da merenda rigorosamente em dia.
E essa relação era travada por quem?
Margherito - Pelo diretor comercial, José Carlos Geraldo, e por mim. O Sílvio, com relação à Verdurama, foi um cara absolutamente injustiçado.
Vocês se encontraram com o prefeito João Ribeiro?
Margherito - Tivemos algumas reuniões com ele. Tudo dentro da legalidade. Para fazer acompanhamento do fornecimento da merenda, ouvir críticas e fazer as substituições de pessoas que fossem necessárias.

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