sábado, 29 de janeiro de 2011

Caso Verdurama: ex-secretário de finanças fala pela primeira vez

A Câmara de Pindamonhangaba vota na semana que vem o relatório final da CEI (Comissão Especial de Inquérito) da Verdurama. A comissão investiga o contrato da empresa com a prefeitura para o fornecimento de merenda para a rede pública. Com base no que foi apurado, os vereadores cogitam pedir o afastamento do prefeito.

Nesta semana, o ex-secretário de finanças de Pinda, Sílvio Serrano, que foi exonerado do cargo quando surgiram as denúncias, resolveu falar. Depois de três meses, ele rompeu o silêncio, e negou as acusações.

"Eu tenho consciência muito tranquila, que eu fiz o melhor de mim por Pindamonhangaba, nesse contrato e em toda a minha gestão," afirmou Serrano.

Sílvio Serrano foi exonerado do cargo de Secretário Municipal de Finanças em outubro do ano passado. O motivo foi a suspeita de envolvimento em um esquema de propina, relacionado ao contrato da prefeitura com a Verdurama.

De 2006 até o fim do ano passado, a empresa forneceu merenda para escolas da rede pública. Segundo o Ministério Público, a Verdurama faz parte de um cartel, e empresas do mesmo grupo teriam participado da licitação.

Na época, Sílvio Serrano era o responsável por liberar dinheiro para os contratos da prefeitura. "Do meu ponto de vista não tem irregularidade. Minha alçada é fazer a contratação e depois de feita a contratação, passar para área, que é a Secretaria de Educação, pra executar o projeto e eu pagar", explicou o ex-Secretário.

"Nós levantamos documentos junto ao inquérito civil que apontam a participação de outro secretário municipal", contou o advogado de Sílvio, Paulo Fernandes. O outro secretário a que o advogado se refere é Arthur Ferreira dos Santos, que ocupa o cargo de Secretário de Governo e também é investigado.

No Ministério Público, há documentos da empresa Verdurama com os contatos do secretário, uma conta bancária em nome dele e o recibo de uma ajuda de custo, de R$20 mil. As planilhas mensais mostram os mesmos valores outras vezes.

Arthur defende que a conta era utilizada somente para movimentação financeira de uma rádio, administrada por ele. A rádio era de Djalma Silva Santos, um ex-Diretor do grupo Verdurama.

"Nunca recebi nenhum recurso, não conheço a Verdurama, esse assunto da rádio é de 2007, portanto, antes de eu entrar na prefeitura. O Djalma dizia que o dinheiro era dele, uma iniciativa dele de colocar recursos na rádio", contesta Arthur Ferreira dos Santos.

A Câmara de Pindamonhangaba também abriu uma Comissão Especial de Inquérito para apurar as denúncias. Segundo ela, há provas de corrupção na prefeitura. Nessa segunda-feira (31), ela vai pedir a abertura de uma comissão processante. Se os vereadores aprovarem, o prefeito vai ter de responder às acusações.

Uma planilha encontrada no computador do sócio de uma empresa ligada à Verdurama é uma das principais provas do Ministério Público. O documento mostra que uma pessoa de Pindamonhangaba ganhava quase R$ 45 mil por mês da empresa. Para o Ministério Público, essa pessoa é Paulo Ribeiro, cunhado do governador Geraldo Alckmin.

A irmã de Paulo, Lu Alckmin, defendeu a investigação das denúncias. "Nós queremos é a rigorosa apuração, que foi o que o governador falou. E estamos aguardando, agora é aguardar. Todos nós devemos pagar pelo que fazemos,", disse a Presidente do Fundo Social de Soliedariedade, Lu Alckmin.

A Verdurama informou que não manteve contatos com Arthur Ferreira dos Santos, e que desconhece os documentos que estão no Ministério Público. O ex-diretor do grupo, Djalma Silva Santos, não foi localizado.

Em nota, o prefeito de Pindamonhangaba, João Ribeiro, informou que não existem provas contra ele. Já o advogado de Paulo Ribeiro não retornou às nossas ligações.



Veja também a matéria em vídeo: http://www.vnews.com.br/noticia.php?id=88992

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Pinda Limpa adiantou: dia 31 terá votação da CEI da Verdurama

Caso Verdurama: Câmara vota relatório de CEI no dia 31

Vereador decide no dia 31 se pede cassação do prefeito por falha em contrato

Pindamonhangaba

Vereadores de Pindamonhangaba votam no próximo dia 31 relatório final da CEI (Comissão Especial de Inquérito) da Verdurama, que propõe abertura de processo de cassação contra o prefeito João Ribeiro (PPS).

Os três parlamentares que assinam o documento apontam omissão do prefeito perante às acusações de irregularidades envolvendo a atuação da empresa no município. A Verdurama é investigada pelo Ministério Público por supostas ações fraudulentas, como superfaturamento no contrato e direcionamento na licitação.
As denúncias também atingem Paulo Ribeiro, cunhado do governador Geraldo Alckmin (PSDB).

Ribeiro é apontado como o intermediador do contrato entre a Verdurama e a prefeitura. Ele é acusado ainda de receber propina da empresa e angariar arrecadações para campanhas políticas do prefeito.


As supostas doações não declaradas recebidas pelo chefe do Executivo, confirmadas ao MP por meio de depoimentos de envolvidos no caso, compõem outro fator que motivou os vereadores a pedirem a abertura da comissão processante, que poderá cassar João Ribeiro.

A Verdurama foi contratada em 2006 e atendeu à prefeitura até 2010, com o fornecimento mensal de merenda para 30 mil estudantes da rede pública. O valor médio anual do contrato era de R$ 5 milhões.

Votos. De acordo com o presidente da Câmara, Ricardo Piorino (PPS), serão necessários oito votos para que o relatório seja aprovado --os parlamentares afirmam que já contam com seis votos favoráveis.

Após o aval da Câmara, de acordo com o presidente, é preciso ainda que haja um pedido formal para a abertura da comissão, a chamada denúncia. “Depois da aprovação, tem que ser feita a denúncia, que pode vir de um vereador, de um partido ou de qualquer cidadão”, disse ele, que também é relator da CEI.

O relatório foi elaborado em dezembro e encaminhado para o MP em janeiro.

Outro lado. Em entrevista anterior a O VALE, o prefeito João Ribeiro rechaçou a abertura da comissão por considerar que não há embasamento.

“Uma comissão processante tem que ter um fato determinado e provas. Esse é o problema. Se não tiver prova evidente, fica difícil de passar uma comissão processante. Com a CEI de hoje não tem. Ela foi feitas às pressas”, disse.

O advogado de Paulo Ribeiro, Gilberto Menin, afirmou que ele não participou de qualquer irregularidade.

A Verdurama também refuta as acusações de fraude envolvendo o contrato e a atuação em Pinda.

Entenda o caso

Omissão
A Câmara realizou em 2006 uma CEI sobre a Verdurama, cujo relatório foi arquivado. Vereadores afirmam que, desde a data, o prefeito João Ribeiro tem conhecimento das denúncias de superfaturamento e fraude no contrato e não tomou medidas cabíveis

Defesa
O prefeito afirma que o contrato foi seguido corretamente e rechaça a abertura da comissão processante, por apontar que ela não levantou nenhum fato ou prova concreta das supostas irregularidades cometidas pela empresa

Lu Alckmin defende investigação sobre irmão

A primeira-dama de São Paulo, Lu Alckmin, afirma torcer para que "não sejam verdade" as acusações contra seu irmão Paulo Ribeiro, investigado pela Promotoria por suposto esquema de corrupção no fornecimento de merenda a prefeituras.

Em rápida entrevista à Folha, anteontem, em Aparecida (SP), ela defendeu "investigações rigorosas" e afirmou que, se comprovada a ligação do irmão com desvios na administração pública, ele "deve ser punido".

Acusado de pagar propina, dono de empresa nega conhecer cunhado de Alckmin
Alckmin volta a defender investigação contra cunhado
Empresa piorou merenda em São Paulo para fazer caixa
Denúncia sobre merenda escolar atinge sobrinho de Lu Alckmin
Promotoria quer investigação do vazamento do caso sobre cunhado de Alckmin

Geraldo Magela/Agência Senado

Em Aparecida, Lu Alckmin fala em 'investigações rigorosas' contra irmão acusado de participar de esquema corrupto
Esta foi a primeira vez que a mulher do governador Geraldo Alckmin (PSDB) se manifestou sobre o assunto.

"Espero que [as acusações] não sejam verdade. Isso é o que a gente quer, mas temos que aguardar as apurações", declarou.

A primeira-dama falou sobre o caso após missa no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida.

Durante a cerimônia, Lu chorou. Disse que estava emocionada por "Deus ter lhe dado oportunidade de ser presidente" da entidade de filantropia do Estado.

Sobre se lamenta o envolvimento de seu nome e o do marido no noticiário, disse: "Lamento o fato, não o envolvimento do meu nome".

Paulo Ribeiro é um dos 11 irmãos da primeira-dama.

Ele é alvo de inquérito que apura fraude em licitações para o fornecimento de merenda, suborno e pagamento de propina a políticos e funcionários de prefeituras, como a de Pindamonhangaba, berço político de Alckmin.

sábado, 22 de janeiro de 2011

ATENÇÃO!



DIA 31 DE JANEIRO 
(SEGUNDA-FEIRA) - 18:00

 Será lido o relatório de investigações 
da Verdurama na Câmara Municipal.
E pode haver a abertura ou não do processo de cassação de nosso nobre prefeito.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Acusado de pagar propina, dono de empresa nega conhecer cunhado de Alckmin

Acusados de participação no suposto esquema de pagamento de propina envolvendo o cunhado do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), os responsáveis pela Verdurama negam conhecer Paulo César Ribeiro e atacam a atuação do Ministério Público no caso.
O dono da empresa, Vilson do Nascimento, e o gestor, Henrique Margherito, respondem, em entrevista à Folha, as acusações feitas pelo ex-sócio da Verdurama Genivaldo dos Santos.
Genivaldo disse à Promotoria que a empresa pagou propina, fraudou licitações e doou ilegalmente para campanhas eleitorais para obter contratos de fornecimento de merenda a prefeituras.


Folha - Quem é hoje a Verdurama?
Vilson do Nascimento - A Verdurama é uma empresa que atua exclusivamente no ramo de merenda escolar. É uma empresa que tenta sobreviver no mercado. Passa por algumas dificuldades, inclusive uma recuperação judicial. Uma empresa absolutamente normal. Tínhamos 495 empregados, agora são menos 95 em Pindamonhangaba.
O que aconteceu em Pindamonhangaba?
Vilson - Perdemos o contrato. Porque haveria uma licitação agora no começo do ano e, por questões políticas, não vai acontecer.
Quais questões políticas?
Vilson - Não é minha especialidade, já que sou advogado e proprietário de uma empresa de merenda, então não tenho autoridade para falar de política. Mas pelo que a gente tá acompanhando é uma questão política que envolveu o município, na qual não quero me aprofundar, que impediu que houvesse uma licitação lá.
Essa demissão ocorreu quando?
Tá ocorrendo agora. Estamos em tratativas para indenizar o pessoal e encerrar a filial.
O contrato já foi encerrado?
Vilson - Já. Em 30 de dezembro de 2010. Foi levado até o final.
Henrique Margherito - Houve uma interrupção de dois meses, que é o equivalente a umas 30 mil refeições. Foi cumprido até quase o final.

MP de SP pode investigar sobrinho de Alckmin

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) deve incluir no inquérito que investiga a máfia da merenda em Pindamonhangaba, no Vale do Paraíba, a denúncia revelada ontem pelo Jornal da Tarde de que as refeições fornecidas pela Verdurama eram transportadas pela funerária de Lucas César Ribeiro. Lucas é filho do lobista Paulo César Ribeiro, o Paulão, cunhado do governador Geraldo Alckmin (PSDB).
A apuração corre sob segredo de Justiça. A promotoria considera a denúncia grave e, se julgar necessário, poderá chamar a depor o agente funerário Vicente Ricardo de Jesus, de 52 anos. Ex-funcionário da funerária de Lucas, Jesus afirmou que, no período em que trabalhou no local, levava merenda para a Verdurama no mesmo veículo que transportava cadáveres. "Todo mundo sabia", afirmou ele.
Investigada por suspeita de fraude nas licitações e pagamentos de propina a prefeitos paulistas e de outros três Estados, a Verdurama disse "desconhecer o fato" e informou ter contratado outra empresa de Lucas, a CR Transporte e Logística, para o serviço. O MP suspeita que a empresa seja de fachada e que o relato de Jesus seja mais um indício da irregularidade.
A prefeitura de Pindamonhangaba classificou a denúncia como "mentira" e argumentou que a história "não passa de um boato que já foi desmentido". Procurado em casa e na funerária, por telefone, Lucas não retornou.
Pai de Lucas, Paulão, o pai de Lucas - e irmão da primeira-dama paulista, Lu Alckmin - é apontado como lobista de uma organização que, em troca de contratos para fornecimento de merenda escolar, fazia doações para campanhas eleitorais de prefeitos. Uma suposta planilha de propina apreendida pela promotoria do MPE indicaria o nome do lobista ao lado da quantia de R$ 10 mil e da sigla "V27", que seria referente a contrato da Verdurama com a prefeitura.
Paulo Ribeiro foi alvo de buscas da promotoria na manhã de 27 de dezembro, quando oficiais da Polícia Militar (PM) do gabinete militar da Procuradoria Geral de Justiça vasculharam sua residência. As informações são do Jornal da Tarde. 

Quem não deve...

Fonte: Estadão

Alckmin se recusa a comentar denúncia sobre parente


 
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, se recusou hoje a comentar sobre o suposto envolvimento da empresa de seu sobrinho Lucas César Ribeiro em organização que, em troca de contratos para fornecimento de merenda escolar, doava somas elevadas para campanhas eleitorais de prefeitos da região do Vale do Paraíba.
De acordo com reportagem publicada ontem pelo Jornal da Tarde, que reproduziu depoimento de um ex-funcionário da empresa, a Velório e Funerária Pindamonhangaba fazia transporte de merenda escolar em carros funerários para a Verdurama, investigada pelo Ministério Público Estadual de São Paulo (MPE-SP) por suposto envolvimento no esquema.
Durante visita a Campus Party, na capital paulista, o governador disse ainda que não pretende mais falar sobre investigação envolvendo o empresário Paulo César Ribeiro, irmão da primeira-dama Lu Alckmin, apontado como o lobista da organização. "Eu já falei sobre isso", respondeu a pergunta dos jornalistas. Na última quinta-feira, 12, em evento no Palácio dos Bandeirantes, o governador havia defendido "investigação absoluta" no episódio, "independente de que seja". "Se é uma denúncia, ela envolve coisa pública. Uma investigação absoluta", reafirmou.
O governador confirmou a nomeação da ex-secretaria de Saneamento e Energia de São Paulo, Dilma Pena, para a presidência da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). A informação foi divulgada na noite de ontem pelo atual presidente da empresa, Gesner de Oliveira, em mensagem na rede de microblogs Twitter. "Ela é uma pessoa da área que conhece muito a empresa e foi secretária de Saneamento e Energia do governo (José) Serra até dezembro", ressaltou. "É uma das melhores gestoras que conheço", elogiou. 

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Funerária de sobrinho de Alckmin levava merenda, diz ex-funcionário


Fonte: Estadão
Ex-funcionário da Velório e Funerária Pindamonhangaba, empresa de Lucas César Ribeiro, que administra o serviço na cidade, o agente funerário Vicente Ricardo de Jesus, de 52 anos, relatou ao Jornal da Tarde que, no período em que trabalhou no local, fazia transporte de merenda escolar para a Verdurama durante o dia com o mesmo veículo que transportava cadáveres à noite. A prefeitura classifica o fato de "mentira". Lucas é filho do lobista Paulo César Ribeiro, cunhado do governador Geraldo Alckmin.
A Verdurama é investigada pelo Ministério Público Estadual por suspeita de fraude em licitações e pagamento de propina a prefeitos paulistas e outros três Estados. Paulo César, conhecido como Paulão, é suspeito de comandar o esquema no Vale do Paraíba, onde fica Pindamonhangaba, cidade natal do tucano. Ambos negam as acusações.
Em depoimento à promotoria no fim do ano passado, o ex-secretário de Finanças de Pindamonhangaba Silvio Serrano disse que empresa do filho de Ribeiro "fazia transporte de gêneros alimentícios para a Verdurama".
Segundo o Ministério Público, Serrano foi indicado por Paulão ao prefeito João Ribeiro (PPS), apadrinhado de Alckmin que está no segundo mandato – a vice, Myriam Alckmin, é sobrinha do governador. Serrano foi demitido em outubro, após a denúncia vir à tona.
Além da funerária, Lucas também é dono de uma microempresa de transportes, a Lucas CR Transporte e Logística, segundo dados da Junta Comercial. O endereço informado é o mesmo onde outro filho de Paulão, Thiago, declara residência.
Segundo o agente funerário, o transporte da merenda era feito com os carros da funerária, uma caminhonete e uma van. "Todo mundo sabia. A secretaria de saúde, e, claro, a prefeitura também sabia. É porque transporta aquelas panelas meio grandes, aí é fogo, né?", disse.
Ele deixou a empresa em 2008 e hoje trabalha em outra funerária na cidade. "Isso é fácil de levantar. É só ligar na Verdurama e pedir as notas, porque a gente tirava as notas, a quilometragem, a escola, quantidade de merenda que entregava. Tudo por escrito."
Verdurama
O JT tentou, na sexta-feira, contato com o dono da Verdurama, Vilson do Nascimento, na sede da empresa, e pelo celular, mas não houve retorno. O advogado que defendia a Verdurama, José Maria Trepat Cases, deixou o caso em 2010.
A reportagem também tentou contato telefônico com Lucas na funerária e em sua residência, em Pindamonhangaba, mas não o localizou. Gilberto Menin, advogado de Paulão no caso, disse que só tem procuração para defender o pai de Lucas e não se manifestaria sobre o assunto, porque o inquérito corre sob segredo de Justiça.
"O que posso dizer é que o Lucas não é alvo de nenhum inquérito e o inquérito do Paulo é sigiloso. Inclusive, o MP já noticiou que vai averiguar por que houve vazamento de informações à imprensa", disse Menin.
Por meio da assessoria de imprensa, a Prefeitura de Pindamonhangaba negou o relato do agente funerário. "Isso é mentira. Nunca houve transporte de merenda escolar em carro funerário. Isso é boato que surgiu desde 2006. A gente foi atrás e já desmentiu. Houve confusão porque o carro que transporta a merenda é do mesmo modelo e da mesma cor do carro funerário", afirmou.

Fonte: Estadão

Caixa feito em esquema da merenda era usado para propina e campanha política; ouça

Pra você que não está entendendo muito o caso, essa reportagem esclarece bem as coisas.

Clique aqui e escute a reportagem de Silvio Navarro, da Folha de SP.

Ler matéria completa: http://www1.folha.uol.com.br/multimidia/podcasts/859988-caixa-feito-em-esquema-da-merenda-era-usado-para-propina-e-campanha-politica-ouca.shtml

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Geraldo Alckmin diz que caso Verdurama deve ser apurado

O que era só para matar a fome, hoje tira o sono de muita gente. A licitação para escolher a empresa responsável pela alimentação diária de 30 mil alunos de Pindamonhangaba começou a ser investigada na Capital e, desde o ano passado, é alvo do Ministério Público da Cidade. 

A Verdurama começou a fornecer merenda para a rede de ensino de Pinda em 2006. O contrato com a empresa venceria em fevereiro desse ano, mas após o surgimento das denúncias, no fim do ano passado, a prefeitura decidiu romper o contrato e assumir ela mesma o fornecimento da merenda. 

Além disso, em outubro de 2010, o secretário de Finanças e o diretor de licitações do município, ambos acusados de fazerem parte do esquema, foram exonerados do cargo. 

Um dos indícios de irregularidade, segundo o Ministério Público, é uma planilha, encontrada no computador do sócio de uma empresa de alimentação ligada à Verdurama. Segundo a promotoria, essa é uma relação de prefeituras que receberiam propina para manter a Verdurama como fornecedora do serviço. De acordo com as investigações, uma pessoa de Pindamonhangaba ganhava quase R$ 45 mil por mês da empresa. Para o Ministério Público, essa pessoa seria um dos cunhados do governador Geraldo Alckmin, Paulo Ribeiro, que mora em Pinda. 

Nossa equipe foi até a casa de Paulo, mas a funcionária que atendeu não quis informar onde ele estava. 

Se for somado o período do contrato da Verdurama, Paulo Ribeiro teria recebido pelo menos R$ 2,6 mi em propina. 

Em entrevista na capital, o governador Geraldo Alckmin defendeu a investigação do caso. "Como qualquer pessoa, ele [Paulo] precisa ser investigado e depois esclarecido. Se houver alguma responsabilidade deve haver punição", afirmou. 

Uma comissão interna de sindicância da prefeitura também investiga o esquema. "Ela [comissão] ainda está em andamento e foram ouvidas algumas pessoas. Eu acho que é uma questão que tem gravidade séria e precisa ser apurada com seriedade, com tempo e cuidado que o caso exige", destacou o prefeito de Pindamonhangaba, João Ribeiro. 

Em nota, a Verdurama nega qualquer irregularidade no contrato com a prefeitura de Pindamonhangaba. Considera infundadas as denúncias e ressalta que participou de concorrência publica e exerceu o contrato exigido em edital. A empresa afirmou ainda não ter nenhum tipo de relação com o cunhado de Geraldo Alckmin, Paulo Ribeiro.


Fonte: http://www.vnews.com.br/noticia.php?id=88183&id2=1

Prefeito admite ajuda de Paulão


Fonte: Jornal O Vale

Prefeito admite que lobista colaborou com sua campanha


O prefeito de Pindamonhangaba, João Ribeiro (PPS), admitiu ontem que o cunhado do governador Geraldo Alckmin (PSDB), Paulo César Ribeiro, o Paulão, atuou em sua campanha em 2004 e que existe uma relação de amizade entre eles.

Entretanto, ele nega que o irmão da mulher do governador, Lu Alckmin, tenha atuado como lobista, captando recursos à campanha e que Paulão também atue como conselheiro do governo.

“Continua uma relação como sempre foi, de amizade. Ele \[Paulão\] participou da campanha eleitoral como outros amigos. A gente teve uma campanha com envolvimento muito voluntário, muito amigo. Ele auxiliava na parte operacional de campanha, ajudando a regimentar pessoas, providências gerais”, afirmou o prefeito.

João Ribeiro mantinha-se em silêncio desde o final do passado, quando vazaram dados de uma investigação do Ministério Público sobre possíveis irregularidades no contrato firmado entre a prefeitura de Pinda e a empresa Verdurama, que fornecia merenda escolar desde 2006 na cidade, a um custo que chegou a R$ 6,8 milhões em 2010.

A empresa é suspeita de integrar um cartel que atuaria em todo o Estado --o esquema envolveria pagamentos de propinas a políticos em troca de contratos superfaturados.
Em Pinda, o MP suspeita que Paulão, amigo do prefeito, atuasse como interlocutor entre a Verdurama e a prefeitura no suposto direcionamento de licitação e corrupção.

Propina. O prefeito, que exonerou o seu secretário de Finanças, Silvio Serrano, em outubro último, devido às denúncias de que seria ele o responsável por receber a propina, não deixa de trabalhar com a hipótese de que existiu dolo na condução do contrato com a Verdurama. “Temos uma comissão \[sindicância\] trabalhando para isso, analisando processos, procedimentos, uma busca de eventuais falhas processuais, administrativas e, se tiver alguma coisa dolosa, vai apurar”, afirmou. 

João Ribeiro nega ter conhecimento do pagamento de propinas e diz fazer tudo o que estava ao seu alcance para investigar o caso e colaborar com o Ministério Público.
A sindicância instaurada por ele já gerou os primeiros relatórios, mas ele ainda não os analisou.

O prefeito também confirma que Serrano e Paulão são amigos, mas exclui-se desse relacionamento.

Sobre as acusações de seu ex-vice-prefeito, João Bosco Nogueira (PMDB), de que ele foi omisso na condução das investigações, o prefeito contra-ataca: “Ele \[Nogueira\] teve três anos aqui dentro para apurar e denunciar. Se ele sabia de algo na época e não denunciou, o omisso foi ele”, cravou.

Pinda em destaque... negativo!

 A cidade pacata mergulha na intriga política

Pindamonhangaba é o caos. Nesses dias em que Paulão, o cunhado , ganhou o noticiário policial, alvo que é da promotoria criminal - e também da promotoria civil -, a cidade perdeu sua rotina de tranquilidade, cercada de dúvidas e intrigas políticas.
Na cidade de 146 mil habitantes e 103 mil eleitores, no Vale do Paraíba, o que se discute é o impacto da crise e a reviravolta que ela pode provocar nos rumos da administração municipal. Havia uma investigação da promotoria, ato discreto, sem alardes.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Políticos de Pindamonhangaba fizeram pacto para blindar Alckmin

Documento assinado por 11 vereadores da cidade diz que prefeito João Ribeiro (PPS), apadrinhado do tucano, teria se comprometido a 'tomar providências' sobre denúncias de desvios na administração 'após as eleições'.




Veja Matéria completa: http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,politicos-de-pindamonhangaba-fizeram-pacto-para-blindar-alckmin,665389,0.htm

Falou tudo!!!

"Ouça" o que disse Silvio Serrano sobre sua exoneração. Piada?



1 - O "Agora Vale" não tem divulgado noticias sobre os escândalos. Eles tem ligação com a prefeitura?
2 - Quando o Serrano começa a falar, corta o audio
3 - "Pinda foi a unica cidade que afastou seu secretário de finanças" - fala da 'reporter' na matéria, querendo mostrar que a prefeitura está sendo transparente.
4 - Vergonha.

Pinda em Destaque nos jornais brasileiros!

"Graças à Prefeitura de Pindamonhangaba, e ao seu prefeito, João Ribeiro, a imprensa (jornais O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo e O Globo) deu folga para a presidenta Dilma Rousseff governar e administrar a ciumeira entre parlamentares do PT e do PMDB por cargos no segundo escalão do governo. A grande pauta dos principais jornais brasileiros é o envolvimento do cunhado do governador Geraldo Alckmin, Paulo Ribeiro, com licitações fraudulentas na Princesa do Norte."

Irani Lima - www.iranilima.com

Empresa piorou merenda em São Paulo para fazer caixa

A Verdurama, pivô do suposto esquema de fraude na merenda em Pindamonhangaba que envolve Paulo César Ribeiro, cunhado do governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB), piorou a qualidade dos produtos nas escolas para fazer caixa.
Segundo investigações do Ministério Público, o dinheiro economizado teria bancado propina e doações a campanhas eleitorais.
A informação consta de um dos depoimentos prestados ao Ministério Público Estadual, em julho do ano passado, pelo ex-diretor da empresa Genivaldo dos Santos.
Nos documentos, há exemplos de troca de produtos, como a substituição de arroz tipo 1 pelo tipo 3 (com mais impurezas e mais grãos quebrados), e carne por ovos _que tem menos proteína e vitaminas, como a B12.
Outros produtos do cardápio, que inclui leite e hortifrutigranjeiros, também teriam sido trocados.

Dúvida

Porque o site Agora Vale (também conhecido como Pindavale) não divulga as noticias referentes as denuncias sobre a Prefeitura de Pindamonhangaba!?